Meu primeiro contato com fotografias feitas com o filme Aerochrome acredito que foi em 2014. Talvez tenha visto uma ou outra fotografia na internet, mas não despertaram minha curiosidade até 2014, quando encontrei um exemplar do livro “Infra” do fotógrafo irlandês Richard Mosse, na antiga Livraria Cultura do Conjunto Nacional.

Naquela época ainda focado nas séries Litorâneas acabei não comprando o livro, mas fiquei com as imagens na memória. Me arrependo de não ter comprado o livro que na época não era barato, mas tinha um valor justo. Hoje porém, é difícil de achar o livro (somente usado) e tem valores impraticáveis, assim como o próprio filme Aerochrome.
O filme foi desenvolvido pela Kodak em 1943 durante a Segunda Guerra Mundial, para fins militares e revelar posições inimigas através do infravermelho. A escolha dos tons rosa, púrpura e magenta tinha como função facilitar a distinção do que eram árvores e mata, dos pontos inimigos camuflados. Após a guerra o filme foi popularizado e usado por muitos fotógrafos até 2009 quando o mesmo foi descontinuado.

Com pouquíssimos (e caríssimos) filmes restantes, iniciei em 2020 minha pesquisa e estudos sobre este filme infravermelho, sua variação tonal, contraste e características de maneira que chegasse numa paleta de cores próxima do processo analógico. Assim apresentei em 2021 as primeiras fotografias da série chamada Unseen World, que combina a técnica de longa exposição à estética bastante peculiar do filme Aerochrome, criando fotografias com uma linguagem singular.


Para conhecer mais fotografias da série Unseen World, acesse meu site
https://www.gruetzmacher.com.br/unseenworld
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