Durante o ano de 2024, trabalhei quase que exclusivamente em duas séries abstratas: primeiro, a série “Penumbra II”, e durante o segundo semestre na série “Fragmentos de Luz”. Ambas surgiram da observação e das experimentações realizadas ao longo dos últimos anos, nas demais séries abstratas produzidas a partir de 2020.

Neste início de ano, levei minha Mamiya RB para a viagem de férias e tirei alguns dias para fazer longas exposições. Essa câmera de médio formato fabricada entre os anos 70 e 90, produz apenas 10 fotos por filme e tem um processo muito mais lento do que qualquer câmera ou celular atual. Não somente pelo ato de fotografar, mas também em todo o processo posterior: revelar o filme, escanear e tratar foto por foto.

Nestas fotografias utilizei o filme preto e branco Fuji Acros 100, que repousava na minha geladeira desde antes da pandemia. Aproveitei também para fazer algumas fotografias com filme colorido. Apesar de já ter fotografado em cor antes, foi a primeira vez que utilizei filme colorido para longas exposições. Uma das maiores dificuldades que tive com o filme escolhido, foi encontrar valores ou uma tabela detalhada sobre a falha de reciprocidade, o que tornou essa primeira experiência ainda mais interessante.


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